Alunos expõem fotografias e se divertem durante a tarde de lazer na E. E. de Ensino Médio de Cabanas
O dia 09 de outubro foi especial para os alunos da Escola Estadual de Ensino Médio de Cabanas, em Mariana, e também para os moradores do bairro. Em comemoração ao Dia das Crianças, a tarde de sexta-feira foi marcada por apresentação de grupos de dança, show de calouros, brinquedos temáticos e distribuição de algodão doce. Além disso, fotografias tiradas pelos participantes do Projeto Nos Bastidores da Notícia durante visita à antiga Casa de Repouso de Dom Viçoso foram expostas na quadra da escola.
O evento foi uma iniciativa do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Cabanas, orgão da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania, e a Escola Estadual de Ensino Médio de Cabanas. Para Geisa Renata, coordenadora do CRAS-Cabanas, a importância de atividades como essa é muito grande. “A escola é o segundo espaço que o aluno e a família têm depois da própria casa. Quando fazemos parcerias como essa, a escola traz demandas das vivências que essas famílias tem”, ela diz. “Então o nosso acompanhamento consegue ser mais completo”.
Para Damaris Pereira, 16, eventos como esse são bons porque reúnem os jovens e trazem uma opção de entretenimento. Damaris é aluna da escola e participa do Projeto Nos Bastidores da Notícia. Sobre o projeto, ela conta: “Gosto muito e acho as atividades interessantes, que nos fazem pensar sobre muitas coisas que não paramos para pensar sempre”.
O projeto é realizado por alunos de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto e coordenado pela Professora Juçara Brittes. Em parceria com o CRAS, a Prefeitura e as escolas, o projeto busca promover a conscientização sobre o direito à comunicação e entende que todas as pessoas devem exercê-lo. Busca de forma alternativa e independente levar o pensamento crítico e o espaço da mídia às crianças e adolescentes dos bairros São Pedro, Santa Rita de Cássia, Cabanas, Cartuxa, Vale Verde e Santa Clara. Para Geisa, isso é fundamental não só pelo estímulo da leitura crítica, mas também porque insere os jovens na atmosfera universitária e é “uma forma de abertura de outras visibilidades e deles valorizarem os próprios bairros”. Ela conta que, em sua experiência de trabalho, percebe que o laço entre universidade e comunidade deve se fortalecer porque muitos jovens do bairro têm dificuldade de acesso ao ensino superior por vários motivos.